A frase é magnífica, imaginativa, contundente, e seria perfeita... se não tivesse sido proferida por Paulo Portas. O ex-vice-primeiro-ministro celebrizou-se como autor de uma merda muito parecida com este programa de estabilidade do governo de António Costa, merda essa que se denominava «Um Estado Melhor - Guião para a Reforma do Estado» (abaixo). Que também não tinha lá muitos números. E a que faltaram outras coisas, nomeadamente o empenho expositivo em o apresentar, empenho que Paulo Portas tem agora dado mostras nesta sua reencarnação nos telejornais da TVI. Um e outro, programa e guião, foram, num par de semanas, jogados (justamente) para o caixote do lixo por irrelevantes e inconsequentes. E se o primeiro «é como um jogo de futebol sem bola», o segundo, mesmo que houvesse bola, era «um jogo de futebol onde os jogadores não se mexiam do sítio». O problema destas críticas não é, muitas vezes, a qualidade - certeira - delas, é aquilo que conhecemos sobre a moralidade do crítico que as faz.
Precisamente
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