22 junho 2020

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22 de Junho de 1995. No dia anterior, um Boeing 747 japonês, que realizava um voo doméstico de Tóquio para Hakodate, na ilha de Hokkaido, com 365 pessoas a bordo, fora assaltado por um homem de 53 anos que, armado de um punhal, pretenderia a troca dos reféns pela libertação de Shoko Asahara. Este último havia-se tornado famoso bem recentemente, como cabecilha de uma seita budista tresloucada que planeara e executara um ataque com gás sarin altamente venenoso durante a hora de ponta no metropolitano de Tóquio. O acto terrorista causara 12 mortos e mais de um milhar de intoxicados mais leves. O que tornava a ameaça do pirata do ar mais séria, para além do punhal, era o facto de ele reclamar trazer consigo também gás sarin. Durante a madrugada de há 25 anos, o Boeing 747 foi atacado de surpresa pelas forças policiais disfarçadas de empregados aeroportuários que dominaram facilmente o assaltante. A ameaça de gás sarin era falsa, e as imagens acima são da saída dos passageiros do avião - só um deles precisou de assistência médica: um saco de gelo. Se o acontecimento recebeu uma cobertura respeitável no Japão (como se pode acima ver), fora dele quase ninguém deu por nada. Tivesse a ameaça do gás revelado séria e fosse concretizada, provocando necessariamente várias dezenas de vítimas, e tudo teria sido noticiosamente diferente.

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