![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRWmidAluH-R8KySJNXZINN_f2qcSNLjmcDhFtKbm0l7plhduOGMkSI1Noomd5NTDLJeUOWmls2xD0LWehZ1ZGkUNcsjh7hrEwBhAUArc6V0l_ZbxDLgLiHXaakWDLGECFhT6UJQ/s320/Bomber1ZeppelinStaaken.jpg)
O autor teórico que está mais associado à apresentação desta tese é o italiano Giulio Douhet (1869-1930), embora ele costume aparecer nos manuais de estratégia consagrados ao poder aéreo acompanhado de dois outros nomes, o do britânico Hugh Trenchard (1873-1956) e o do norte-americano William L. Billy Mitchell (1879-1936), embora estes dois últimos possam ser considerados mais como lobistas desse poder aéreo do que teóricos do mesmo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXkOFYjbqxHOw46jS75yvU8VjGEtWiSX_PC2AlcPqi_BI7WlEjlt1xid3gLm0nZMmE6nANzcapWTRx61n-IhqUH8-iWeRNu4xG8kf0i1S3q0rIn2HMgeIyqEke9nBTc-z67mNX4w/s320/Bomber3Heinkel111.jpg)
Exemplarmente, ao contrário da RAF**, esquece-se quanto as prioridades estabelecidas para o desenvolvimento da Luftwaffe** negligenciaram o bombardeamento. Um bombardeiro alemão típico dessa época (o Heinkel-111, acima) tinha capacidade para 2,5 toneladas de bombas e não havia programas em curso para bombardeiros maiores. Em contrapartida, um bombardeiro homólogo dos seus rivais (como o Avro Lancaster, abaixo) podia transportar 8 toneladas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLF90EsaQniY_zrvyBYOMELcvlMbXvXvbrHJ6qaRD7WySV_nrg5j99tTNbTAv5uX9wI_-kiVcBx8-AilTEsMqk8_jwKfP-D99e-Ap0pYAd5BmnERH9rhhYM1cHcgeWPBwj62w7kg/s320/Bomber2AvroLancaster.jpg)
Mais do que sobre os teóricos que as preconizaram, foi sobre os comandantes das forças estratégicas de bombardeiros aliadas durante a Segunda Guerra Mundial, tanto o da RAF** (Arthur Bomber Harris - 1892-1984), como o da USAAF** (Curtis E. Le May - 1906-1990), que veio a recair a publicidade por tentarem comprovar a tese que os bombardeamentos maciços sobre as cidades inimigas destruir-lhes-ia o moral e conduziria à vitória.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT3paclo3eV1iaFeuLtb3D2VN5qa6gE8_8P1mULHOG4nVbNB_H6Likup20PEAMgnw8wNMFN56j44SFl93ve76FOEhSzN69NGHzt2TKodPeGel-IFHCDXTTaw9lO6mkc2j0VI5O5g/s320/Bomber4B17.jpg)
Nos primeiros meses de 1945, expedições sucessivas de mais de 500 bombardeiros B-29 destruíram, entre as seis cidades principais do Japão, 50% de Tóquio, 31% de Nagoia, 56% de Kobe, 26% de Osaka, 44% de Yokohama e 32% de Kawasaki. No entanto, a moral japonesa só mostrou sinal de vir a ficar afectada de uma forma inequívoca num dia de Agosto em que apenas um B-29 (abaixo) lançou apenas uma bomba sobre a cidade de Hiroxima e a destruiu em 75%...
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCkxWzN3aZohHaahG9BdENMHszr20R26jfBegyxa4fchZEizcZbn6m9Zv5F0g0O0HNl4ltNdjoxKBdkf3NWpPPe_-K3p2-g_EaWWqzWpC6Nzg4r2ZfQpoqpoffvKqu581lQ9WB4g/s320/Bomber5B29.jpg)
Depois disso, com a progressiva sofisticação do equipamento, cada vez mais o bombardeiro estratégico se tornou um luxo de superpotência, como era o caso do gigante B-52 (abaixo), que fora concebido originalmente para aquela Guerra Nuclear que não se devia travar e aproveitado subsidiariamente para comprovar mais um vez o fracasso da tese de Douhet durante a Guerra do Vietname, onde os 7 milhões de toneladas de bombas usadas não tiveram efeitos estratégicos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaPMDvb0x9krSwG82_bw2X9U034oGTlXsR0ovvjr8iYDgSw1fZC5pfXQfr712wxH-f5se10fLcLXRcKYTHVHGhYbtCVvj3w4CZjKewtfzc_QoJex9sz66suh_gJIVZGFeUL2a4yQ/s320/Bomber6B52.jpg)
Depois de, nos finais do Século XX, os Estados Unidos terem vencido a Guerra-Fria por terem levado os soviéticos à falência com a corrida aos armamentos, será que se aproximam tempos, nestes inícios do Século XXI, em que serão os próprios Estados Unidos a levarem-se a si mesmos à falência, gastando o dinheiro que não têm em armamento que, de tão sofisticado, nem sequer tem inimigo potencial em quem empregá-lo?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2xTs4I3hw9l7CluhtBq8Cx0-GyaOOOEW1nGl_M__ARdH0LliRxyRmVKloh9VYcPt0Nx0_AhWVf_L4JG_AryiwZnPQgRcRsBmXcfw1S3BKp6m1S6va1WNn-iAP7-7H9NDJt9tgqA/s320/Bomber6B2.jpg)
** Luftwaffe: Força Aérea alemã. RAF: Força Aérea britânica USAAF: Força Aérea norte-americana.
*** Mais do que a capacidade, era a autonomia (mais de 9.000 km.) e a ausência de bases próximas que tornavam o B-29 adequado para os bombardeamentos ao Japão. O B-17 ou o Lancaster tinham uma autonomia inferior a 3.000 km.