11 de Junho de 1945. Só um mês depois do fim da guerra na Europa, e por publicitação do Congresso Mundial Judaico, se começava a perceber as consequências da política de extermínio das populações judias da Europa levada a cabo pelas autoridades alemãs durante o conflito. Conforme se lê no corpo da notícia, de uma população de 7.065.000 judeus que existiam originalmente na Polónia, Alemanha, Roménia, Checoslováquia, Hungria, Lituânia, França, Áustria, Holanda, Letónia, Jugoslávia, Grécia, Bélgica, Itália e Bulgária, agora só se encontravam 1.195.000. Contando com outros 657.000 que se conseguiram salvar emigrando, resultava um saldo de 5.213.000 judeus exterminados pelos alemães, dos quais 3.005.000 de origem polaca. Eram números impressionantes mas, aparentemente, o Diário de Lisboa não se consciencializava da gravidade do conteúdo da notícia, remetendo-a para as páginas centrais.
A perseguição dos Judeus foi sempre endémica em muitos locais. No entanto, a magnitude da matança era de tal forma que penso que até havia receio de acreditar em tal horror.
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