Absurdo o meu, o de ser uma daquelas pessoas que se acostumou a que a matéria prima política indispensável à existência de uma candidatura ser a disponibilidade do candidato para se candidatar. Em Portugal isso não é imperativo. Basta haver uns maduros que acham umas coisas, e uns órgãos de comunicação social que façam publicidade aos disparates pensados por esses maduros. O que não é despiciendo para a actividade dos jornais, visto que a existência de uma candidatura que não tem sequer a anuência dos (proto)candidatos (Ana Gomes e Adolfo Mesquita Nunes), não constitui obstáculo a que, como se percebe acima, se possam descrever as imensas iniciativas e escrever as imensas opiniões, a respeito de um assunto que, afinal, nem sequer existe por ausência material daquilo que se reputa indispensável numa candidatura: candidato. No domínio da fantochada, há um programa de comentário político ao fim de semana que tem por título o GOVERNO-SOMBRA. No Observador, já que fazem tanto gosto, podiam-lhe fazer concorrência com um programa que se intitulasse PRESIDENTE-MIRAGEM...
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