4 de Junho de 1940. Óscar Carmona e Oliveira Salazar deslocam-se a Guimarães para ali presidir às cerimónias que assinalavam os oitocentos anos da fundação do país. Quem discursa é, naturalmente, o chefe do governo (abaixo). Há na oportunidade daquelas celebrações toda uma profunda ignorância deliberada e recíproca entre Portugal e a Europa - em Dunquerque terminavam as evacuações dos aliados, em Narvique começavam as evacuações dos aliados, e nas páginas centrais do Diário de Lisboa, ao lado das exaltações do «magnífico discurso do presidente do Conselho», anunciava-se que «os alemães haviam bombardeado o porto do Havre».
De facto, o que interessavam as notícias lá de fora?
ResponderEliminarDepois da decisão do conselho de ministros de dia 18 de Maio, só mesmo uma invasão de Portugal(!) alteraria a realização das cerimónias.
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