O título deste poste é o mesmo (traduzido) que o site Politico deu à notícia da visita de ontem do presidente polaco à Casa Branca. A Polónia é, conjuntamente com a Hungria, considerada um dos dois países párias da União Europeia no que diz respeito à vigência de um Estado de Direito Democrático. Na União Europeia, não se tem feito grande coisa para proscrever os dois regimes, mas a censura à sua natureza é consensual. Como anfitrião do presidente polaco, Donald Trump poderia ter elogiado a Polónia recorrendo a milhentos outros pretextos, mas escolheu precisamente o tema da defesa do estado de Direito por alguma causa precisa. Trump é conhecido por ser completamente desbocado naquilo que diz mas, neste caso concreto, não vale a pena culpabilizar pessoalmente Donald Trump pelo teor dissidente destas suas declarações de ontem. Por aquilo que o recém publicado livro de John Bolton veio a revelar, o presidente americano não faz a mínima ideia, sequer, onde ficará a Polónia. Enquanto quem o pôs a fazer este género de elogios à Polónia certamente sabe e também sabe que género de governo é o polaco. É preciso que se note que quem mudou de opinião e recentemente foi a América, como comprova quem quiser ler as declarações proferidas por Barack Obama a respeito da situação política na Polónia ainda há quatro anos. Mas há aqui duas ideias que o episódio do elogio ao governo polaco esclarece e que convém explicitar:
a) a primeira é que a fenda tectónica que separa a perpectivas estratégicas dos europeus e dos norte-americanos, e que os cartoons tanto gostam de atribuir a Donald Trump (acima, à direita), não se esgota na pessoa do actual ocupante da Casa Branca; o seu sucessor bem pode prosseguir essa mesma política embora protagonizada de uma forma menos apalhaçada;
b) a segunda é que, ao contrário dos afastamentos mais mediatizados de vários conselheiros de Trump como Kelly, Mattis, McMaster, ou agora Bolton, que se queixam todos do mesmo, de não exercerem suficiente influência sobre ele, há muitos aspectos em que Trump está a ser influenciado, pois sobre esses assuntos Trump não tem, obviamente, opinião nenhuma.
a) a primeira é que a fenda tectónica que separa a perpectivas estratégicas dos europeus e dos norte-americanos, e que os cartoons tanto gostam de atribuir a Donald Trump (acima, à direita), não se esgota na pessoa do actual ocupante da Casa Branca; o seu sucessor bem pode prosseguir essa mesma política embora protagonizada de uma forma menos apalhaçada;
b) a segunda é que, ao contrário dos afastamentos mais mediatizados de vários conselheiros de Trump como Kelly, Mattis, McMaster, ou agora Bolton, que se queixam todos do mesmo, de não exercerem suficiente influência sobre ele, há muitos aspectos em que Trump está a ser influenciado, pois sobre esses assuntos Trump não tem, obviamente, opinião nenhuma.
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