29 de Dezembro de 1962. O presidente Kennedy e a esposa Jacqueline participam numa cerimónia de acolhimento aos cubanos que haviam participado na frustrada operação da Baía dos Porcos em Abril de 1961. Os 1.113 participantes que haviam sobrevivido ao cativeiro de 20 meses nas prisões cubanas tinham sido libertados muito recentemente contra doações substanciais (53 milhões de dólares) de alimentação e medicamentos a Cuba. A cerimónia teve lugar num estádio de Miami, que era a capital da comunidade exilada cubana. Numa cerimónia cuidadosamente encenada, em que o presidente não se queria envolver directamente, foi a sua esposa que proferiu um discurso num castelhano esforçado, mas estropiado:
«É uma honra para mim estar hoje entre um grupo dos homens mais valentes do mundo (aplausos) e de participar na alegria dos membros das suas famílias que por tanto tempo viveram esperançadas, rogaram e esperaram (mais aplausos). Sinto-me orgulhosa pelo meu filho tenha conhecido os seus oficiais (aplausos). Ele é demasiado novo para se dar conta do que aconteceu, mas terei ocasião a história da vossa valentia (aplausos). Espero e desejo que ele venha a ser um homem com, pelo menos, a metade da valentia que mostraram... (aplausos) ...que mostraram os membros da brigada 2506. Boa sorte. »
Era um discurso simpático de escutar, granjeava a Kennedy uma certa simpatia por interposta pessoa, mas não o comprometia pessoalmente no que fora um fiasco, para o qual, percebe-se hoje, fora praticamente empurrado pela CIA.
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