14 dezembro 2022

A FUSÃO NUCLEAR

Quem presta atenção àquilo que foi anunciado a propósito da mais recente descoberta a respeito da fusão nuclear, arrisca-se a ficar perplexo pela ressonância como o anúncio foi acolhido pela comunicação social mundial (acima, o exemplo em língua portuguesa da CNN Brasil). A revista The Economist (abaixo) foi recolher exemplos da exuberância à BBC no Reino Unido, ao Wall Street Journal (WSJ) americano, aos diários Dagbladet (sueco) ou La Repubblica (italiano). Na conferência de imprensa foi a própria secretária da Energia da administração norte-americana, Jennifer Granholm, que pospõe a concretização prática e comercial da produção de energia por fusão para daqui a (pelo menos) uma década, mesmo contando com a injecção de capitais privados nas pesquisas. Este parece-me um exemplo límpido de uma parte da corporação mediática a querer transformar uma notícia na sua faceta que é mais vendável para o interesse do auditório, atropelando sem vergonha os detalhes do que é mais comedido mas também mais verdadeiro.

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