02 dezembro 2022

«A RAPARIGA DE AVINHÃO»

Sábado, 2 de Dezembro de 1972. A RTP começa a transmitir um folhetim de origem francesa que recebera um acolhimento fenomenal quando inicialmente transmitido no seu país em Janeiro daquele ano. Apesar do título original (La Demoiselle d'Avignon), que constitui um parónimo do célebre quadro de Pablo Picasso, neste caso estamos perante um folhetim romântico clássico, adaptado aos gostos de então. Em síntese, numa peregrinação turística à cidade francesa de Avignon, Koba, originária do reino de Curlândia, uma ilha (e uma monarquia imaginária) no mar Báltico, conhece François Fonsalette, um diplomata francês apaixonado por arqueologia. Os dois apaixonam-se, mas Koba deve regressar ao seu país. François Fonsalette, determinado a reencontrar a sua namorada com o seu sotaque maravilhoso (a actriz que desempenha o papel, Marthe Keller, é suíça), candidatou-se ao cargo de embaixador francês na Curlândia. Acabam por se reencontrar no aeroporto de Orly: Koba, que é na verdade uma princesa da Curlândia (e François não sabe disso), tinha por sua vez regressado a França para trabalhar, incógnita, como perceptora de crianças. O resto da história - a série é constituída por um total de seis episódios de 50 minutos cada - narra os desencontros dos dois namorados até finalmente se reunirem. Quando se revê a série - possível para quem a consiga seguir no original (1) (2) - percebe-se facilmente porque é que constituiu um sucesso também em Portugal.

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