17 de Dezembro de 1972. Henry Kissinger era apenas o conselheiro de segurança do presidente Richard Nixon. (O cargo pode ser tão discreto que, actualmente, ninguém sabe quem é o conselheiro de segurança do presidente Joe Biden...) E, no entanto, Henry Kissinger tinha - e, de certo modo, ainda hoje mantém - por detrás de si uma máquina promocional tão eficiente que fazia o Diário de Lisboa dedicar-lhe todo um terço de página a explicar em tons elogiosos aos seus leitores quem ele era e a categoria de homem que ali estava! Mas havia outros órgãos de informação que eram ainda mais entusiásticos na promoção à pessoa, aprecie-se a amostra de capas que a revista Time dedicava a Henry Kissinger por aqueles anos (capas de 14 de Fevereiro de 1969, 7 de Fevereiro de 1972, 30 de Outubro de 1972, 24 de Dezembro de 1973, 1 de Abril de 1974 e 10 de Junho de 1974) No total Henry Kissinger apareceu em 21 capas da Time! Há pessoas que, reconhecendo-lhes nós o valor (como é este o caso), estragam tudo com o exagero como se deixam promover. E, desde há muito, arriscaria dizer mesmo, desde sempre, Henry Kissinger não merece ser mitificado.
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