2 de Dezembro de 1942. Escondida da atenção mediática que então se concentrava nos vários teatros de guerra da Segunda Guerra Mundial (África, Pacífico, Rússia), tinha lugar a primeira experiência em que se conseguia proceder a uma reacção nuclear controlada. A proeza teve lugar nas instalações vagas de um estádio desportivo desactivado em Chicago. A documentação que comprova o feito tem a falta de espetacularidade da imagem acima, o crescimento exponencial da intensidade dos neutrões na folha de registo, que consta da página 441 do livro abaixo. Em retrospectiva, conhecendo-se os problemas posteriores que se vieram a colocar sobre a questão da segurança nuclear e considerando que se tratava de uma experiência pioneira, em que muito poderia ter corrido mal, não deixa de ser tremendamente irónico que o feito tivesse tido lugar num sítio tão povoado quanto a cidade de Chicago. Mas, mais do que a preocupação com a produção de energia, o que era importante no processo ali concretizado há 80 anos, era um subproduto resultante da reacção, o plutónio-239. Dali por dois anos e meio(Verão de 1945), o conjunto de reactores entretanto activados já havia conseguido produzir a quantidade suficiente de plutónio para construir (e detonar) duas armas nucleares: a experimental de Alamogordo e também a utilizada sobre Nagasáqui.
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