O Expresso desta semana dá um destaque de primeira página a um artigo a sério respeitante a assuntos de defesa (só para assinantes). É pena que o jornalista que assina o artigo - Vítor Matos - não inclua nele qualquer comentário quer de fontes autorizadas do ministério da Defesa, quer mesmo do próprio titular da pasta, Nuno Melo, a quem ultimamente temos ouvido opiniões muito interessantes, embora só muito remotamente relacionadas com a Defesa: a agricultura e a pecuária portuguesa, por exemplo - na fotografia abaixo recordemo-lo a visitar há duas semanas a Ovibeja 2024. Além disso há o ministro dos Negócios Estrangeiros que também trata destes assuntos, mas esse também não terá sido consultado.
A ausência de opiniões pessoais e institucionais da parte do ministério da Defesa é o tipo de omissão que empobrece substancialmente o artigo de Vítor Matos, reduzindo-o a um panfleto promocional sobre uns aviões de construção norte-americana de última geração, denominados F-35, giríssimos, caríssimos, a que, por acaso, já me referira desaprovadoramente aqui neste blogue em Março de 2021. O CEMFA, general Cartaxo Alves, que ali defende a sua dama*, chega ao extremo de invocar o argumento que os vizinhos - Bélgica, Noruega, Dinamarca - já compraram e portanto nós também temos de ter uns iguais, argumento que, além de irrelevante só por si, devia ser sempre socialmente confrangedor...
* Ou seja, faz lóbi para que lhe comprem uns aviões de combate modernos e bonitos.
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