13 de Maio de 1984. Eclode um violento incêndio num dos armazéns da frota soviética do Mar do Norte situado na cidade portuária de Severomorsk (assinalada acima no mapa). O incêndio acaba por não poder ser controlado e, quatro dias depois, atinge os paióis de munições e armamento da frota, incluindo centenas de mísseis armazenados, do tipo SA-1 e SA-3 (mísseis anti-aéreos) e SS-N-22 (anti-navais). As explosões provocaram o pânico entre a população da cidade (apesar de se tratar de uma área militar de acesso restrito) e as notícias de que algo de grave ali acontecera atingiram Moscovo e os ouvidos dos correspondentes estrangeiros na capital soviética. Aquilo a que acima podemos assistir é o esforço noticioso dos jornais ocidentais (no caso acima, o New York Times, mais de um mês depois), alimentado por informação soprada em surdina pelos serviços de informação dos países da NATO, mas que embatiam nos serviços de imprensa soviéticos que, mesmo que confrontados com os indícios mais evidentes, não mostravam qualquer pudor em mentir da forma mais descarada: não sabiam de nada. Aliás, esta foi ainda a atitude inicial das autoridades soviéticas aquando da catástrofe de Chernobil, dois anos depois: nada acontecera...
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