Foi só depois do escrutínio dos votos que se terá tomado consciência da dimensão da saturação dos sócios do Futebol Clube do Porto com aquele que pretenderia ser o presidente vitalício da instituição. Entretanto, haverá gradas figuras da sociedade portuense que o que mais desejarão será fazer esquecer o seu endosso à candidatura derrotada (acima, e apenas para exemplo, a notícia do primeiro subscritor da recandidatura, e a publicidade a quem lhe fez uma oportuníssima entrevista de vida a preceder a campanha eleitoral...). Mesmo que tenham sido validados pelo voto democrático - o que foi o caso, indiscutivelmente, das sucessivas reconduções de Pinto da Costa à frente do Futebol Clube do Porto em 42 anos - estes regimes pessoais e personalizados quando caem - e eles acabam sempre por cair... - deixam atrás de si um rasto de amargura que, quando muito, se procura disfarçar (abaixo é a fotografia da tomada de posse inicial de Pinto da Costa a 23 de Abril de 1982, acompanhada de uma fotomontagem irónica, alusiva ao 25 e ao 27 de Abril). Como se se tratasse de um voo de avião, uma carreira tem de ser gerida até a retirada, até à aterragem: e, por muito que pareça que os seus adversários não o queiram humilhar mais, com aquele resultado eleitoral Pinto da Costa despenhou-se...
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