Esta notícia do The Guardian, que dá conta de uma devolução significativa por parte dos Estados Unidos de obras de arte da Antiguidade roubadas em Itália, tem a virtude de nos fazer reflectir sobre quais serão as verdadeiras intenções de quem por cá anda a brandir um assunto equivalente, o da «devolução de arte (às) ex-colónias» (abaixo). Sabemos que a questão da devolução de arte, se levada a sério, é complexa e envolve múltiplos casos, como se vê pelo mencionado mais acima (provavelmente parte dos ladrões até terão sido italianos), ou então, para mencionar um outro caso que envolve Portugal e sem ter a ver com as suas antigas colónias, o da arte que foi roubada de cá pelos franceses, por ocasião das três invasões do princípio do século XIX. Mas no caso específico daqueles que querem ouvir a ministra da Cultura no parlamento (o PS e o Chega!), fica-nos aquela forte sensação que o assunto é menor, que tudo é dominado por uma preocupação política circunstancial e que o destino da arte é a menor das preocupações de quem fomenta esta pantomina.
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