20 de Maio de 2014. O quinto tempo de antena do Livre para as eleições europeias de dia 25 de Maio seguinte contam com a presença da estrela televisiva Ricardo Araújo Pereira. E contudo, a imensa popularidade do artista não se veio a traduzir em votos nas urnas, já que a lista do Livre, encabeçada por Rui Tavares, se ficou pelos 71.600 votos, ou seja o correspondente a metade daqueles que viriam a ser necessários para eleger um eurodeputado. O resultado é contraditório com aquilo que se anuncia sobre as audiências televisivas dos programas mais populares - por exemplo, ainda no princípio deste ano, o mesmo Ricardo Araújo Pereira com o «Isto é gozar com quem trabalha» alcançava uma audiência de 1.163.000 telespectadores! Ora uma tal discrepância de números entre os votos e as audiências (até mesmo porque é plausível que nem todos os votantes do Livre terão sido convencidos por Ricardo Araújo Pereira), só se poderão dever a que:
a) A influência e as recomendações das personalidades mais populares da televisão sobre as audiências televisivas está absurdamente sobrestimada; ou
b) O que está absurdamente sobrestimado serão os números das audiências televisivas, já que os dos votos são devidamente escrutinados.
Em suma, isto de se ser influencer nos dias que correm são estatutos que precisariam de ser auditados.
A resposta A), parece-me. Aliás, o próprio RAP já disse várias vezes que a influência dos humoristas nos votos é nula.
ResponderEliminarAcredito que Ricardo Araújo Pereira tenha dito isso que diz, já que ele me parece pessoa inteligente, mas desconfio que terá chegado a essa conclusão DEPOIS desta sua experiência de há dez anos.
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