Submetendo as proclamações de Sebastião Bugalho ao mesmo escrutínio que ele fazia às dos outros, antes de se ter tornado protagonista, vale a pena recuperar a tabela com os resultados das últimas eleições europeias de 2019, para comprovar que a meta mínima da AD para estas europeias, «uma meta humilde mas honesta», é uma meta verdadeiramente humilde e não sei se assim tão honesta na forma como foi apresentada. Se somarmos os resultados abaixo dos três membros da AD em 2019, obteremos uma percentagem de 29,62% (21,94 + 6,19 + 1,49) (981.814 votos). Portanto a tal meta mínima do Sebastião nem chega a reeditar os resultados de 2019. Quanto aos mandatos, as suas expectativas de «manter os actuais sete eurodeputados» ainda são menos ambiciosas do que há cinco anos, já que, se nessa altura os três partidos se tivessem apresentado coligados teriam conquistado um oitavo eurodeputado e ele contenta-se com os sete actuais. Desconfio que, se o Sebastião Bugalho comentador estivesse a apreciar estas metas do Sebastião Bugalho político, tê-las-ia qualificado como uma desonestidade (palavra que ele tanto gostava de usar nas suas prestações televisivas). Desonestidade intelectual e também política, já que uma regra elementar da actividade política é que quem abraça estes desafios o fará com a convicção que a sua pessoa faz (pelo menos algum)a diferença...
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