Porque se trata de um país tão remoto quanto a Islândia, há um punhado de semanas eu nem imaginava que um partido conhecido por Partido Pirata mostrava hipóteses de ganhar as próximas eleições legislativas islandesas. Mais, se em vez de semanas, eu conseguisse o distanciamento de regressar alguns anos ao passado, eu consideraria impensável que uma formação política com uma tal designação pudesse ter mais ambições do que exprimir o seu protesto anti-sistema. E contudo, depois de alcançar 14,5% dos votos nas eleições legislativas de ontem, triplicando a votação anterior, a revista The Economist consegue explicar-nos, ainda nesse mesmo dia (abaixo), quanto esse Partido Pirata sofrera uma grande derrota... contra as sondagens. Estivesse-se na Guerra Fria e tratasse-se de um Partido Comunista Islandês e os 14,5% deixariam os redactores da The Economist cheios de comichões. Aqui e ali apercebe-se cada vez mais que esta coisa de deixar as pessoas continuar a votar está a tornar-se cada vez mais incómoda... E por isso cada vez irá ser mais necessário defender a Democracia - a genuína.
Sem comentários:
Enviar um comentário