Quando se consulta um calendário com as datas dos próximos eclipses descobre-se que houve um solar, anular, espectacular, visível em toda a África equatorial há menos de dois meses. E que irá haver outro, do mesmo tipo, também no hemisfério Sul, daqui por quatro meses, visível em todo o seu esplendor no sul do Chile e da Argentina, sobre o Atlântico e terminando em Angola. Pois bem, um site chamado ZAP.aeiou (que eu não sei se é português se brasileiro) ignora tudo isso para se dedicar a fazer eco à publicidade dada ao eclipse seguinte, a ter lugar seis meses depois, só porque esse vai ocorrer nos Estados Unidos. É compreensível, e mesmo natural, que os acontecimentos políticos ocorridos nos países mais poderosos sejam noticiados com maior destaque do que nos secundários, mas que essa segregação se aplique também a fenómenos como os astronómicos é, não apenas um atestado de incompetência e preguiça de quem produz a informação, como uma exibição de submissão intelectual ao que vem da América a roçar o ridículo.
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