31 julho 2020

COMO COMBATER INCÊNDIOS COM BEBIDAS ALCOÓLICAS

31 de Julho de 1820. A meio da noite declara-se um fogo num dos armazéns do bairro de Bercy em Paris. Com o fogo a alastrar e apesar da proximidade do Sena, o facto de se estar no pino do Verão fez com que a água começasse a faltar nos engenhos. Foi nessa altura que, dado o facto que, à época, proliferarem por Bercy os armazéns, nomeadamente os de vinho, uma mente mais criativa se lembrou de recorrer ao vinho armazenado nas pipas para combater o incêndio. Quanto ao sucesso dos bombeiros e do emprego de vinho para combate a incêndios, pouco reza a história. O que se sabe é que pelo menos um hectare de prédios de habitação foi destruído pelo fogo. Muitas centenas de pessoas ficaram desalojadas. Mas quanto a queixas a respeito dos prejuízos comerciais, houve-as de 610 proprietários grossistas de vinho que naquela noite haviam contribuído compulsoriamente para a formação de um grande lago de vinho de 15 metros de diâmetro e um bom meio metro de profundidade, onde os engenhos se vieram abastecer durante o combate ao sinistro. Com as queixas, também a qualidade do vinho derramado ganhou dimensões inesperadas: uma estimativa inicial de prejuízos de três milhões, passou para os dez, para vir a ser finalmente fixada em quatorze milhões. Quase cento e cinquenta anos depois, Goscinny reaproveitou a história para Lucky Luke, situando-a no Oeste americano e usando dessa vez a cerveja em vez do vinho (acima).

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