Se nos cabeçalhos esta missão a Marte é árabe, nos detalhes é que se fica a saber que a sonda foi construída nos Estados Unidos em parceria com universidades locais (Colorado), que o lançamento teve lugar a partir do centro espacial de Tanegashima, no sul do Japão, e que o foguetão que a lançou para o espaço era também de concepção inteiramente japonesa (H-IIA). Ninguém duvidará que tenha havido um empenhado esforço dos cientistas dos Emirados Árabes, especialmente do Mohammed bin Rashid Space Centre no Dubai, mas não se estará a revelar um grande segredo quando se disser que há muita gente do meio da astronáutica que tem uma visão um pouco condescendente para com este projecto, classificando-o como um dos mais conseguidos... entre os que os petrodólares conseguem comprar. É possível que seja excessivo e provavelmente não será simpático escrevê-lo nesta ocasião, mas chamar também a atenção para esse detalhe controverso, é que é a diferença entre o jornalismo e uma mera «press release» da entidade que está a promover o acontecimento...
É sempre a mesma coisa. O que está escrito na notícia pouco tem a ver com o cabeçalho.
ResponderEliminarÉ normal os lançamentos terem lugar de países diferentes daqueles que conceberam e são donos dos projetos.
ResponderEliminar«É normal os lançamentos terem lugar de países diferentes daqueles que conceberam e são donos dos projectos».
ResponderEliminarNão é. Mas eu só lhe publiquei este seu comentário, Lavoura, apenas para o felicitar pelos seus dez anos(!) desta vida a contrariar sistematicamente o que os outros escrevem.
De facto, descobri acidentalmente que está «no blogger desde julho de 2010». Estamos em Julho de 2020. Imagino que deva estar orgulhoso da popularidade que entretanto alcançou.
...muito à sua maneira, o Luís Lavoura é um "digital influencer"...
ResponderEliminarÉ assim como a versão rosqueira da versão em foleiro da popularíssima "influencer" Bárbara Corby