«Ao longo da minha vida já fomos desde Eisenhower até George W. Bush. Já fomos de John F. Kennedy até Al Gore. Se isto é evolução, então acredito que daqui por doze anos, estaremos a votar numas plantas.» Lewis Black, o autor destas frases, é um comediante norte-americano que, quando teve este ataque de presciência, na sequência das eleições presidenciais americanas de 2000, nem imaginaria o quanto viria a estar certo. Porque, doze anos depois e na impossibilidade de se ser um verdadeiro vegetal, a Casa Branca foi conquistada pelo que de mais acéfalo se poderia contemplar: Donald Trump. Donald Trump que, durante o seu quadriénio presidencial, teve imensos - e justíssimos - críticos, mas também apoiantes, fossem os que se exprimiam abertamente a seu favor, fossem os que se abstiveram de criticar o seu comportamento errático e irresponsável, conduta essa que veio a culminar com a primeira tentativa evidente de um golpe de Estado na América. Mais de um ano depois do acontecimento, e quanto mais se investigam os factos, mais se descobrem as ramificações do que parece ter sido uma verdadeira conspiração para anular os resultados de uma eleição democrática. E todavia... Ainda ontem, quando tentei recuperar os indissociáveis disparates proferidos pela pessoa do ex-presidente, junto de alguém que, durante o período áureo, se comportou como um daqueles trumpers passivo-envergonhados, obtive a resposta - conveniente mas não surpreendente - que Donald Trump passara à história... O mais engraçado é que se trata de alguém a quem já o ouvi a citar o famoso ditado de George Santayana...
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