19 de Março de 1932 foi o dia da inauguração da ponte da baía de Sidney (Austrália). A ponte ainda hoje constitui, conjuntamente com o edifício da Ópera, um dos dois elementos identificativos da maior cidade australiana. A notícia publicada nesse dia pelo Diário de Lisboa dava-a como «a maior ponte do mundo», o que não era verdade: mesmo restringido àquela categoria específica de ponte, havia uma ponte nos Estados Unidos, entre Nova Iorque e Nova Jersey, que fora inaugurada quatro meses antes e que tinha o vão ligeiramente (+ 7 metros) mais extenso. Note-se que entre as entidades que procederam à inauguração não havia ninguém do governo federal da Austrália.
Mas o que teria interessado verdadeiramente um jornal tablóide da actualidade teria sido este último «incidente curioso», «o oficial da polícia a cavalo» que cortara completamente a destempo a fita solene da inauguração. O «oficial» disfarçara-se assim para beneficiar das aparências e da benevolência da polícia para com fardas e assim conseguir o seu intuito de sabotar a cerimónia. Descobriu-se que não passava de um carpinteiro irlandês de mobiliário de luxo com 43 anos, veterano da Grande Guerra, que emigrara para a Austrália depois dela e que professava simpatias fascistas. Acabou multado em 5 libras, com 4 libras adicionais para pagamento das custas judiciais.
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