A imagem acoima demonstra o quanto o tempo pode ser implacável: a 2 de Março de 2012, há portanto precisamente dez anos, os jornalistas recolhiam esta opinião do então presidente do Benfica, depois de um clássico com o FC Porto, que o seu clube perdera (2-3): «que o senhor Pedro Proença deixasse de apitar jogos do Benfica, se se sentisse condicionado. Era um favor que prestava a todos os benfiquistas e ao futebol». Mau grado a apreciação arrasadora de Luís Filipe Vieira, o árbitro desastrado em questão prosseguiu a sua carreira, tendo-a culminado ainda nesse ano, com a arbitragem da final do Campeonato da Europa, o Euro 2012, disputada entre a Espanha e a Itália. Pelos vistos, na UEFA não concordavam por aí além com as opiniões de Luís Filipe Vieira... Depois disso, e após abandonar a arbitragem, Pedro Proença tornou-se, a partir de 2015 e até hoje, presidente da Liga Portuguesa de Futebol. Em simultâneo, também Luís Filipe Vieira manteve o seu cargo de presidente do Benfica... até Julho de 2021, quando foi forçado a demitir-se daquele cargo, no seguimento da sua detenção por acusações de escroqueria. É que ele há os roubos de que Vieira se queixava há dez anos, por causa do penalti que não foi assinalado, e depois há os roubos que agora se têm vindo a descobrir de comissões de transferências de jogadores que desapareceram dos cofres do clube para aparecerem no bolso de um amigo do presidente.
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