Porque o melhor é sempre não nos fiarmos no que nos contam, fui ouvir - (1) (2) (3) - as intervenções destes três generais, para ver se concordava com o teor da notícia do Expresso. E discordo, não os acho particularmente «putinistas», pelo menos considerando as figuras ridículas que os comunistas têm andado a fazer pelas televisões. Também vale a pena adicionar a minha opinião que estou muito longe de considerar interessantes os comentários de qualquer deles. Nunca lhes prestara atenção e também acho que não perdi nada. Por um lado porque os comentários que lhes ouvimos privilegiam, em geral, os aspectos tácticos do conflito. Por outro, porque ao fazê-lo, foge-lhes o pé para o chinelo, já que a sua formação de base os inclina para uma empatia natural com o ponto de vista do exército convencional, o russo, e não com a guerrilha neste momento protagonizada pelos ucranianos. Mas, em tudo isso, a responsabilidade será de quem os continua a convidar para aparecer. Contudo, a «coincidência» que descobri ao ouvi-los aos três, foi que qualquer deles comenta em canais concorrentes aos do grupo Expresso/SIC. Aliás, o título da notícia sugere-me que isto nada terá a ver com a guerra na Ucrânia: «A guerra sobre a guerra na TV» O que o Expresso não nos diz é que eles lá no jornal também foram mobilizados para essa outra guerra entre TVs...
Adenda de 8 de Abril de 2022: Um mês depois, tenho que dar a mão à palmatória. A invasão russa da Ucrânia já registou um número de acontecimentos suficiente para que as avaliações destes generais possam ser avaliadas com outra robustez. E eles não se mostraram apenas medíocres nos comentários que protagonizaram: também foram parciais pró-Rússia, pelo que disseram e, sobretudo, pelo que preferiram omitir. Há um deles que até descobrimos a pugnar pela paz.
a «coincidência» que descobri ao ouvi-los aos três, foi que qualquer deles comenta em canais concorrentes aos do grupo Expresso/SIC
ResponderEliminarOra bem, excelente observação!