No meio de tantos precedentes históricos de que se tem falado, este é apenas mais um, com a vantagem de ainda não o ter visto evocado, mais um exemplo de uma guerra de anexação da Rússia sobre um dos seus vizinhos. Esta outra guerra tem mais de 200 anos, travou-se durante cerca de ano e meio entre 1808 e 1809, no meio do turbilhão que se vivia então na Europa por causa das guerras napoleónicas, e começou também por um ataque da Rússia (à semelhança do que está em curso na Ucrânia - vejam-se os mapas acima), com o seu desfecho (também previsível) da Suécia ter perdido a sua província da Finlândia para a Rússia. A Finlândia, que fora até aí uma colónia sueca, e que, por isso, não gostava dos suecos, vai entrar a partir dai num século (1809-1917) de ligação à Rússia, para também ficar a detestar os russos. Tanto assim que, já depois da actual invasão da Ucrânia, e por acaso, o presidente finlandês esteve em Washington a conferenciar com Biden, com a questão de um eventual pedido de adesão do seu país à NATO em cima da mesa. Pelos vistos a Operação Militar Especial de Vladimir Putin, de tão especial, está a alterar as percepções de segurança até mesmo aos vizinhos que se consideravam até aqui acima das ameaças russas.
Mais ou menos no mesmo ano (1808) a Espanha atacou Portugal e conquistou Olivença, que mais tarde se recusou a devolver.
ResponderEliminarSerá que devemos então afirmar que historicamente a Espanha tem sido sempre uma má vizinha?
Que é que acha, Lavoura?
EliminarPerdemos Olivença em 1801, Lavoura.
EliminarSim, tem razão. Por não ter a certeza da data escrevi "mais ou menos".
EliminarDe qualquer forma, a data exata é imaterial para a pergunta que fiz.
Acho que todos os países grandes e militarmente poderosos tenderam historicamente a ser maus vizinhos para países pequenos e militarmente fracos.
EliminarHá pessoas para com as quais a tolerância para o erro é muito escassa, considerado o seu comportamento anterior, Lavoura.
EliminarÉ o caso de Mariana Mortágua do meu poste adjacente. Se ela «não acreditava que Ricciardi não soubesse dos problemas do BES» porque «uma pessoa naquela posição só não sabe porque não quer», precisamente a mesma lógica se pode aplicar a ela no caso da sua irregularidade de receber por fora para além da exclusividade como deputada - só não soube porque não quis.
A mesma intolerância se aplica a si, Lavoura. Se já o vimos comentar implicando em detalhes tão irrelevantes, uma diferença de 7 anos não se desculpa só por se tentar esconder por detrás de uma expressão como mais ou menos no mesmo ano. Isso seria coisa de mais ou menos um ano, não sete! E outra coisa, Lavoura:
a data exata é imaterial para a pergunta que fiz
Qualquer data, exacta ou inexacta (no seu caso), é imaterial em qualquer circunstância, incluindo as perguntas que faça. Ou seja, creio que há outros vocábulos mais apropriados na língua portuguesa para a ideia que pretenderia transmitir.