21 de Janeiro de 2013. O Eurogrupo era - e continua a ser - um organismo informal composto pelos ministros das Finanças dos países membros da zona Euro e que opera baseado em reuniões regulares, normalmente mensais, tendo em vista a coordenação das respectivas políticas económicas. Fundado em 1997, fora assim durante os seus primeiros 16 anos de existência. Entretanto, em 2005, os ministros haviam decidido nomear um presidente para dirigir os trabalhos - Jean-Claude Juncker do Luxemburgo, que o ocupou por 8 anos (2005-2013). Há precisamente dez anos - e é esta a efeméride que assinalo - foi eleito para lhe suceder o holandês Jeroen Dijsselbloem (acima, à direita na imagem, a contemplar o seu homólogo alemão). O que se pode dizer é que... houve uma significativa mudança de estilo, para um estilo muito mais confrontacional entre países membros. Considerado inicialmente uma marioneta alemã (daí a plenitude da fotografia acima), foi mais um daqueles casos em que a criatura escapou ao controle do criador. Dijsselbloem implicava com quem devia... e com quem não devia. E, com todo o pragmatismo que se reconhece às políticas europeias fracassadas, a operação (de promoção de um polícia mau para as finanças europeias...) foi revertida e discretamente descartada. Depois disso e nos dias que correm, ninguém presta grande atenção a quem é o presidente do Eurogrupo. Nem se dá a mesma atenção de outrora ao Eurogrupo propriamente dito, convirá acrescentar, que a sua reunião deste mês teve lugar há cinco dias sem qualquer destaque noticioso significativo. Quanto a Jeroen Dijsselbloem, de que hoje assinalo o decénio deste seu catapultar para a exposição mediática, hoje é burgomestre de Eindhoven, a quinta maior cidade dos Países Baixos. Comparativamente, Carlos Moedas, que também se mostrava à época muito disciplinado e subserviente destas figuras tutelares, parece estar melhor, já que também é burgomestre, mas ao menos é da maior cidade portuguesa. Eu não me esqueço. Posso perdoar, mas io nun mo scordo...
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