Para quem tenha dificuldade em apreender o conceito, apreciem acima, em três quadros, uma operação descarada de «spin» informativo montada pelos assessores socialistas no Público. Primeiro momento, à esquerda, ontem, pouco antes da hora de almoço, é anunciada a detenção do presidente da Câmara de Espinho (do PS) por suspeitas de corrupção. Já hoje de manhã, a manchete na primeira página do mesmo Público noticia o assunto (ao centro), mas cria um novo protagonista, o antecessor (do PSD) do autarca (do PS) que havia sido detido por corrupção. Este novo protagonista que o Público desencantou é só visado, enquanto o outro já está detido, mas alguém naquele jornal terá achado que era mais importante do que o outro. Mas o clímax da manipulação feita pelo Público acaba de ocorrer à hora de almoço de hoje, quando surge uma noticia naquele jornal que procura associar Luís Montenegro à Câmara de Espinho por causa de «dez contratos» (...de avenças como advogado)! Que oportunidade para redescobrir uma notícia de 2018! Ainda para mais quando, já se sabia que o caso de corrupção tivera a ver com o licenciamento de obras... Da próxima vez que vir Manuel Carvalho na televisão a dizer coisas com uma cara muito séria e uma atitude muito compungida, não se esqueça que ele é o director deste bordel que é o jornal Público. (a propósito da seriedade que ele nos quer transmitir, no exemplo desta sua aparição abaixo, aquele destaque que é dado, do lado direito, à marca Continente, não me parece nada casual...)
Adenda: O que vale é que o PSD também tem a sua rapaziada para soprar as coisas para os seus jornais: Operação Vórtex: autoridades não investigam assessorias jurídicas de escritório de advogados de Montenegro com Câmara de Espinho - esclarece o Expresso.
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