António Costa não tem uma visão nem um projecto para o país e isso também se vê na incapacidade de arranjar pessoas. Não há uma pessoa que tenha credibilidade que queira ir para este governo.
Assim escrito, eu subscrevo inteiramente o diagnóstico feito acima por Paulo Rangel. O problema coloca-se a respeito da solução para o problema que ele identifica. Porque decerto ele não deve querer convencer-nos que Luís Montenegro possui a visão e o projecto para o país que falta a António Costa. Pode tentar... mas boa sorte! Luís Montenegro é uma coisa oca cujo único predicado reconhecível é... não ser António Costa. E para além disso e por causa disso, subsiste o (mesmo) problema de arranjar pessoas que tenham credibilidade bastante para o acompanhar num futuro governo que o PSD venha a formar. Para mais, quando sobre credibilidade o próprio Paulo Rangel desperdiçou uma substancial parte da que tivera, ao tentar convencer-nos, em Novembro de 2021, que era o homem ideal para encabeçar o PSD, para nos tentar fazer mudar radicalmente de opinião somente quatro meses depois, quando passara a não ser o momento para ser candidato (à liderança do PSD), em Março de 2022. Perdeu as virtudes que dissera que tinha em 4 meses... A (única) diferença é que Paulo Rangel se desdiz com um ritmo mais majestático do que os ministros actuais, como Pedro Nuno Santos: este último desdiz-se em apenas quatro semanas, enquanto Rangel precisou de quatro meses para fazer o mesmo (apostando quiçá na falta de memória da opinião publicada?). Mas a substância do problema, a falta de pessoas com credibilidade para integrar o elenco governamental, é a mesma para qualquer dos lados. Agravada com a comprovada inadequação de Luís Montenegro para vir a encabeçar um novo executivo. Que experiência governamental é que ele tem? Zero. Assim sendo, qual é a utilidade de trocar nada por coisa nenhuma?
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