Se se conhecem dezenas de fotografias onde Winston Churchill aparece de charuto na mão, pelo contrário, são surpreendentemente poucas aquelas em que aparece de copo na mão, apesar da sua reputação de apreciador desses dois aspectos, tabaco e bebida, se equivaler - para dizer o mínimo... Mas o documento mais engraçado deste conjunto dedicado a Churchill e ao seu gosto pela bebida é o último documento, uma receita que lhe foi prescrita pelo Dr. Otto Pickhardt quando Churchill esteve de visita aos Estados Unidos e neles vigorava a famosa Lei Seca. Ali se lê que, por razões medicinais, por Churchill ser um convalescente, ele necessitava de ingerir bebidas alcoólicas, especialmente às refeições, numa quantidade naturalmente indefinida, mas nunca inferior a 250 c.c.
De realçar a nota adicionada a lápis, do lado esquerdo, lembrando como era importante que o portador guardasse a receita à mão, não fosse ele vir a ser interpelado por alguém mais extrovertido e preocupado com os costumes da época. Vale a pena acrescentar que, como uma boa patranha, a história da receita possuía uma base real: na verdade, Churchill fora atropelado em Nova Iorque em Dezembro de 1931. Estivera hospitalizado durante uma semana com ferimentos na cabeça e duas costelas partidas e convalescença era um termo tão vago que se podia prolongar por vários meses. Agora que o álcool a acompanhar as refeições fosse condição indispensável para a sua completa recuperação é que é capaz de ser uma opinião clínica assim mais controversa...
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