16 novembro 2020

UMA PEQUENA CRÓNICA SOBRE PAPAGAIOS GORDOS

A notícia consta do The Guardian de hoje, discreta, mas pungente, oriunda da Nova Zelândia, esse país que tem o privilégio de ser dirigido pela nova coqueluche das estadistas mundiais: Jacinda Ardern. O que a notícia nos conta é que há naquelas ilhas de fauna assaz exótica, um papagaio muito gordo, que nem voa e que dá pelo nome de kākāpō. E que esse kākāpō é uma espécie ameaçada de extinção. Tanto assim que, este ano e por uma inédita segunda vez, o bicho foi considerado o «pássaro do ano» na Nova Zelândia. Porém, o que me incentivou a escrever esta pequena crónica foi a observação do vídeo acima, a apreciação da plumagem do pássaro, de cor inequivocamente verde sporting, mas especialmente aquela passagem (0:26) em que o kākāpō tenta copular com a cabeça do fotógrafo. Foi perante aquelas imagens de entusiasmo e agressividade na cópula, que me apercebi que bichos daqueles não são afinal exclusivos da Nova Zelândia, e que nós por cá também temos daquele género de papagaios gordos que não conseguem voar, embora os nossos costumem exibir-se não apenas em verde sporting mas também em outras cores de plumagem (vermelho ou azul e branco). Olhando de uma perspectiva zoológica para eles, também um Pedro Guerra ou um Manuel Serrão papagueiam exuberantemente aquilo que lhes mandam dizer, só que, ao contrário do que nos dizem sobre o kākāpō, não sei se se perde grande coisa com a sua extinção...

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