Segunda Feira, 17 de Novembro de 1930. Em destaque de editorial, aquele se assina Plácido Lusitano resolve perguntar para quando um Prémio Nobel português. E, para quem pensasse que o Plácido se lembraria de apostar no engenho dos portugueses quanto às disciplinas de Medicina, Física ou Química, a sua prosa deixa logo expressa na segunda linha que as suas expectativas se concentram mais na arte e no Prémio Nobel da Literatura, que naquele ano fora concedido, nomeia ele com despeito e amargura, ao «sr. Sinclair Lewis». Plácido Lusitano não anteciparia, mas estava a forjar um estado de espírito que se perpetuaria, com intensidades variáveis, pelos próximos 68 anos, até à atribuição do Prémio Nobel a José Saramago. É o nosso génio para as letras...
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