27 novembro 2020

E, MAIS UMA VEZ, JOSÉ MANUEL FERNANDES TENTA FALAR DA AMÉRICA SEM CRITICAR DONALD TRUMP...

Em primeiro lugar, não foi durante semanas, foi durante anos. Em segundo lugar, os horrores que se disseram não foi sobre a democracia americana, foi sobre a conduta do seu mais alto representante, Donald Trump. E em terceiro lugar, no fim do dia, a democracia funcionou APESAR de Donald Trump. Só se sente (e faz sentido mencionar) o PODER das instituições quando elas têm que se IMPOR AOS ACTORES POLÍTICOS em casos como este, em que eles haviam expresso a intenção de subverter as suas regras.
E, mais uma vez, assim se constatam os esforços porfiados de José Manuel Fernandes para evitar falar do comportamento desprezível de Trump, escapando-lhe, neste caso, a lógica de, na sua argumentação, para tentar "tapar a cabeça", acaba por "destapar os pés"... Vigarice...
Comentário em adenda: Desde há mais de quarenta anos que acompanho as eleições presidenciais na América e nunca, até agora, se havia dado qualquer importância àquilo que não passava de um mero acto administrativo: a formalização da eleição presidencial através dos 538 eleitores cujos votos haviam ficado comprometidos em consequência dos resultados eleitorais. É uma cerimónia tão enfadonha (e extensa) que nem as próprias televisões americanas se interessam por ela. Olhando para a notícia abaixo estou apostado em prever que, desta vez, a vão transmitir, só porque Donald Trump disse o que disse. Parece que o jornalismo em peso reduz a sua inteligência à estupidez de Trump, incapaz de o criticar por ele, como uma criança mimada mas sobretudo estúpida, não saber distinguir entre a substância e a forma.

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