7 de Novembro de 1990. Tem lugar em Moscovo a tradicional parada militar em celebração da grandiosa Revolução de Outubro. O seu 73º aniversário. Os celebrantes não sabiam, mas iria ser a última. Era um mundo que, como o Diário de Lisboa, dava todos os indícios de que estava a desaparecer. A edição daquele dia do jornal, não só não dizia uma palavra que fosse sobre a parada moscovita, como até dava o destaque de segunda página que a imagem abaixo documenta, sobre um colóquio sobre a guerra do Golfo, patrocinado pelo Instituto Progresso Social e Democracia, organismo na órbita do PSD! Cereja em cima do bolo, o destaque fotográfico da notícia ia para o moderador (que, na opinião de quem escreve o artigo, não moderou nada...) Nuno Rogeiro, um criptofascista que nunca teria tido direito a uma menção sequer no bom velho Diário de Lisboa criptocomunista de depois do 25 de Abril. O Diário de Lisboa estava por dias...
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