Perdido entre um artigo de hoje do The Guardian, num daqueles artigos irónicos tipicamente britânicos com recomendações preparatórias em antecipação ao Brexit, surge o parágrafo acima, sobre o que fazer a respeito das iguarias continentais que deixarão de estar disponíveis para o consumidor britânico. É lisonjeiro constatar que, depois dos queijos franceses e das salsichas alemãs, surge em terceiro lugar e numa ascensão fulgurante dos últimos anos, o pastel de nata português. O gozo inicial à volta da incursão gastronómica do antigo ministro da Economia Álvaro Santos Pereira veio a tornar-se, com o tempo, numa espécie de avaliação sublimada de quem tinha razão nos embates que o opuseram dentro do governo por um lado ao ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e por outro, ao então ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que lhe cobiçava a pasta (da Economia) para o seu partido. No fim (em Julho de 2013) e em política, não há essa abstração de se ter razão: há os vencedores e os vencidos, e dessa vez Álvaro Santos Pereira, por muito que se queixe, perdeu em toda a linha. Mas, the story ain't over till the fat lady sings. Afinal, e torcendo a orelha, todos os dias somos confrontados com demonstrações avulsas de todo o Mundo (abaixo) da intuição pasteleira de Álvaro Santos Pereira.
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