Acompanhando a cobertura deste congresso do PS, percebe-se como já terá acabado a moda das eleições internas nos partidos. O teor das notícias que anunciam as recentes eleições internas no PS (1), (2), (3) deixaram definitivamente cair o número preciso de quantos votaram pelo vencedor como até agora se fazia. Adianta-se uma percentagem (normalmente esmagadora) e chega. Da leitura atenta da notícia e fazendo as contas (à Guterres...) pode depreender-se que rondarão os 30 mil os votos que desta vez reconduziram António Costa como secretário-geral, mas, perdido o efeito do discurso novidade das directas que dariam voz às bases, torna-se cada vez mais confrangedor do que benéfico constatar que a política de topo em Portugal é validada por um número de votos que é facilmente superado pela afluência a um qualquer concerto de uma banda da moda ou a um grande jogo de futebol... Recorde-se que o record de votação nestas eleições internas pertence a Pedro Passos Coelho quando em Março de 2010 recebeu 31.671 votos para as directas nacionais. Nas últimas eleições legislativas de Outubro de 2015 o PDR de Marinho Pinto recebeu sensivelmente o dobro disso (61.632 votos) também à escala nacional e não conseguiu eleger qualquer deputado.
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