O artigo de opinião de hoje de João Miguel Tavares no Público aplica-se em desancar em Sebastião Bugalho por causa da notícia que o dá - a Bugalho - como próximo cabeça de lista do PSD às eleições europeias. Mas aquilo que eu mais gostei aparece na caixa de comentários do referido artigo. Ao comentário de um - pelo menos para mim - incógnito Paulo Batista, que recusa o atributo de jornalista a(o) Sebastião (uma forma de tratamento que, para mim, indicia proximidade com o visado), o autor apressa-se a responder - dez minutos depois - qualificando-o como jornalista: É jornalista, sim.
Retiro pelo menos duas conclusões interessantes do episódio. A primeira é que João Miguel Tavares se levanta bastante cedo: o seu comentário data das 06:25 da manhã. A segunda é que estaremos perante uma divergência de opinião intransponível: não vale a pena discutir este assunto com João Miguel Tavares, assim como não valeria a pena discutir com Donald Trump as eleições presidenciais que ele, Trump, perdeu em 2020. É ridícula esta elasticidade que, tornaria possível classificar Sebastião Bugalho como jornalista, e que tornaria por sua vez possível que José Miguel Júdice ou Luís Marques Mendes fossem classificados como jornalistas, estes talvez só jornalistas em part-time, mas mesmo assim...
(Outro jornalista...)
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