(Republicação)
6 de Abril de 1994. Com o derrube do avião em que viajava o presidente ruandês na sua aproximação ao aeroporto de Kigali, criavam-se as condições para a eclosão de um massacre indiscriminado da população tutsi do Ruanda. O massacre irá ser perpetrado pelas próprias forças armadas e militarizadas do Ruanda, constituídas predominantemente pela etnia rival e maioritária dos hutus. Uma parcela significativa do genocídio, especialmente fora dos centros urbanos, será cometido pelas próprias populações hutus, e a arma simbólica deste genocídio, ocorrido às vésperas do Século XXI, será, paradoxalmente, a catana. Durou cerca de três meses, terá provocado de 500 mil a um milhão de vítimas, a indústria mediática mundial nunca o levou devidamente a sério e, ao contrário do que se verifica com outros genocídios, onde as vítimas estão precisamente identificadas (o Holocausto ou o dos Rohingya, por exemplo), a maneira como tende a ser designado (Genocídio no Ruanda), esquece-se de enfatizar quem foram as suas vítimas principais e primordiais - os tutsis.
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