29 de Outubro de 1972. O episódio começou de manhãzinha (cerca das 06H00 locais) pelo sequestro de um Boeing 727 da companhia aérea alemã Lufthansa, acabado de descolar de Beirute, no Líbano, e acabou à noitinha (cerca das 21H00 locais) com a libertação do avião, tripulantes e passageiros, depois de aterrarem em Tripoli, na Líbia. No entretanto, através desse périplo que havia levado o avião a Nicosia, em Chipre, e ainda a Zagreb, na Croácia, as autoridades alemãs haviam satisfeito com uma rapidez muito suspeita as exigências dos sequestradores, e libertado os três sobreviventes do comando palestiniano que havia cometido o atentado que ocorrera nos Jogos Olímpicos de Munique, menos de dois meses antes. Em escassas 16 horas, tudo terá decorrido de acordo com a cenografia desejada pelos alemães. Acima é a conferência de imprensa satisfeita, abaixo é o teor da notícia, também satisfeita, que chegou aos jornais no dia seguinte. Os alemães desembaraçavam-se dos terroristas sobrevivos de Munique e do aborrecimento político de os julgar - e condenar - sem irritarem os países árabes. Teria sido um final que teria deixado todos felizes, se a prontidão e disponibilidade excessiva demonstrada pelos alemães em se descartarem do assunto, não tivesse irritado profundamente os israelitas.
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