A expressão que, à letra, quer dizer «E agora, para algo completamente diferente», foi popularizada nos finais da década de 1960 pelo programa humorístico dos Monty Python para separar os sketches do seu programa. Ironicamente, a frase fora-se inspirar num outro programa da BBC onde ela era utilizada com a maior seriedade... Mas tornou-se uma referencia inultrapassável quando alguém pretende dar uma guinada brusca e despropositada a um tema que não quer mais abordado. Como o faz abaixo hoje o provedor do leitor do Público, José Manuel Barata-Feyo, para se descartar do pequeno escândalo dos plágios de um dos jornalistas daquele jornal, e da tentativa de abafamento que se lhe seguiu, em que o comportamento daquele provedor do leitor se cobriu de ridículo. Temo-lo aqui abaixo, então, a mudar completamente de assunto, e a endereçar os parabéns - nem de propósito - à BBC que - segundo Barata-Feyo - completa «100 anos», anos que, nas suas próprias palavras, terão sido «um combate pela independência do jornalismo». (Admita-se que, com o seu comportamento recente neste episódio dos plágios, ficámos bem mais longe de podermos escrever o mesmo sobre os 32 anos do Público...) Só que quem foi fundada há cem anos foi uma outra BBC (British Broadcasting Company), entidade privada que se viu substituída ao fim de 4 anos, em 1926, por aquela outra BBC (British Broadcasting Corporation) pública, que, essa sim, o leitor conhecerá e terá erigido a reputação que o provedor do leitor tanto saúda nesta sua crónica «completely different». Assinalada a nota, fica a pergunta: a que provedor do leitor se envia a nota por esta falta de esclarecimento do provedor do leitor?... Quem é que vai abafar a inconveniência desta vez?...
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