20 de Outubro de 1962. Depois de semanas de um agudizar progressivo da tensão nas regiões fronteiriças do Himalaia entre chineses e indianos, eclode finalmente o conflito militar assumido entre os dois lados, a ofensiva, como se lê acima, foi desencadeada pelo exército chinês. Estes haviam transferido previamente tropas para as regiões disputadas - de muito fraca densidade populacional e situadas todas a mais de 4.000 metros de altitude - e gozavam de uma superioridade patente. No entanto, apesar dos sinais, os indianos viviam iludidos na húbris da superioridade militar de que haviam gozado quando da sua invasão dos territórios da Índia portuguesa, menos de um ano antes. A guerra, que durou um mês, já foi objecto de tratamento aqui neste blogue. O cessar-fogo foi uma situação satisfatória mas não uma solução de fundo para as divergências entre as duas partes. Também já foi objecto de tratamento alguns episódios que se lhe seguiram. Eram as duas potências mais populosas do Mundo em conflito militar directo mas, devido às circunstâncias e ao encadeamento noticioso, a atenção mediática dispensada ao acontecimento foi quase nenhuma. É a diferença entre o que é importante para a História e o que é importante para a informação. E um jornalista há-de ser sempre apenas um jornalista.
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