Por regra, normalmente passo ao lado, ignorando, este género de programas e declarações como a que acima é destacada, atribuída a António Sala, a respeito de Joana Marques. Apesar de estar na crista da onda, a humorista merece a sua quota parte de críticas. A minha questão aqui não é a visada, é o autor das críticas, e a condescendência injusta que rodeia este último. Tomemos a última frase do texto acima que o dá como «apresentador (d)o mítico programa "Despertar", ao lado de Olga Cardoso» (na rádio Renascença). Ora isso foi no século XX, o programa acabou em Janeiro de 2000. O que é que tem acontecido com António Sala no século XXI (já lá vão 22 anos)?...
Porventura o maior destaque, a seguir à sua carreira como radialista, foi a sua associação como vice-presidente à passagem de João Vale e Azevedo pela presidência do Benfica, uma passagem, recorde-se, repleta de escândalos, vigarices e falcatruas que vieram, aliás, a custar a cadeia - a reputação há muito se fora... - a Vale e Azevedo . Mas, mais do que essa associação, o que verdadeiramente descredibilizou António Sala foi ter deixado uma impressão de alguém pusilânime, incapaz de confrontar o presidente do clube ou de se dissociar dele assim como de todas as notícias escabrosas que iam surgindo e o iam incriminando. Como se percebe pela última notícia acima, António Sala acabou incompatibilizado e acusado por uns e outros.
De então para cá, aquilo que eu tenho dado por ele é a protagonizar publicidade (acima e abaixo), algo de que lhe terá ficado o gosto do tempo em que promovia umas pulseiras benfazejas, daquelas que provocavam a nossa transigência muda por aqueles a quem víamos a usá-las, ridículos e crédulos das suas virtudes... António Sala consolidou-se como aquela pessoa de ar simpático que publicita sorridentemente coisas tontas a pessoas tontas já de uma certa idade, trate-se de aparelhos auditivos, seja investimentos em ouro, amanhã podem ser dentaduras... Ou seja, para um programa popular (o de Joana Marques) que tem por protagonistas regulares vendedores de banha da cobra, por detrás do tal «puxão de orelhas» de Sala parece-me estar a consciência que, em ela querendo, António Sala poderia ter um alvo desenhado no rabo para uma crónica sardónica de Joana Marques a seu respeito...
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