Num enquadramento que julgo adequado à notícia da demissão de Liz Truss como primeira-ministra do Reino Unido, parece-me curial republicar o poste com o qual ela fez a sua aparição nestas páginas do Herdeiro de Aécio, vai para 16 meses e meio. Estava-se a 4 de Junho de 2021 e Liz Truss ainda era apenas a secretária do Comércio Externo do governo de Boris Johnson, mas já era capaz de produzir afirmações muito estúpidas, em jeito de tentar iludir a opinião pública das consequências para o Reino Unido do Brexit. Pretendia que se equivalesse o impacto das 3 economias abaixo nomeadas (Noruega, Islândia e... Liechtenstein) com as economias agregadas dos 27 países da União Europeia! Era estúpido demais para passar sem ser assinalado! Mas que que não se esqueça as devidas lições da conduta dela e do antecessor e aquilo que pode ser aprendido para a realidade portuguesa: Liz Truss e, antes dela, Boris Jonhson, foram eleitos em eleições internas do seu partido; constatada as consequências da expressão da lucidez dos militantes políticos em escolher os dirigentes mais adequados para o país, talvez possa, a partir de agora, tornar-se admissível dizer em voz alta que Luís Montenegro é um completo desastre como líder do PSD. E se chegar ao poder, então, é uma catástrofe. Deixem-se de coisas: ponham lá o Moedas!
Há qualquer coisa de intrigante no comércio externo britânico pós-Brexit quando o estabelecimento de acordos comerciais com países poderosos como a Noruega (5,367 milhões de habitantes), a Islândia (340 mil habitantes) e o Liechtenstein (38 mil habitantes) é saudado na forma profusa que podemos apreciar na notícia acima. A secretária do Comércio Externo não se exime a qualificar o acontecimento de um «enorme impulso» (massive boost). O assunto chamou-me a atenção porque, apreciado do meu ponto de vista pessoal, antecipam-se dias difíceis para o meu comércio externo com o Reino Unido: uma encomenda que fora feita à Amazon.co.uk encalhou na alfândega e encareceu exorbitantemente devido aos direitos cobrados; é o fim das encomendas àquele entreposto da Amazon, da mesma maneira que as não colocava - pela mesma razão - a produtos constantes do site norte-americano. Ainda bem que em Londres eles estão a criar estas oportunidades de compensar, fortalecendo os laços comerciais com a Noruega, a Islândia e o Liechtenstein... Se calhar, ainda se irá descobrir que eles tiraram Portugal da sua famigerada «lista verde», porque o famoso Sol da Noruega e da Islândia combina melhor com o tom de pele deles...
Muito bom!
ResponderEliminar