14 de Abril de 2012. Enquanto a Espanha atravessava uma séria crise económica (o PIB espanho descerá naquele ano 1,6%), o seu rei, Juan Carlos de Borbón y Borbón, tem o azar de partir uma perna quando realizava uma caçada aos elefantes no Botswana. Como então noticiava um suplemento humorístico, o rei foi apanhado a caçar a família do seu primo Babar (um simpático rei elefante de uma série de contos infantis). A visita de Juan Carlos era privada, mas a evacuação do monarca de 74 anos para Espanha, essa já teve que se realizar a expensas do Estado e o episódio acabou por cair genericamente muito mal e, de uma vez por todas, o aparelho institucional terá decidido deixado cair o rei. Tantas vezes a sua imagem pública fora amparada desde a sua ascensão ao trono em 1975, mas o esforço para encobrir as suas actividades terá terminado naquele dia e foi a derrocada de uma imagem de décadas. Juan Carlos teve de abdicar dois anos depois no filho, Filipe VI. E mais meia dúzia de anos depois disso, um jornal sintetizava assim tudo aquilo que fora entretanto descoberto a seu respeito: «Máquina de contar dinheiro instalada no palácio, alegados subornos, amizades tóxicas e aventuras sexuais. Decadência do antigo monarca espanhol começou há muito. Mas só se conhece a ponta do iceberg.»
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