26 abril 2022

A CIÊNCIA, ANTES DO APARECIMENTO DOS «CIENTISTAS» DA COMUNICAÇÃO

26 de Abril de 1962. A NASA, a agência espacial americana, enviara a sonda «Ranger IV» para a Lua e, como acontecera previamente com a «Ranger I», «Ranger II» e «Ranger III», a «coisa» correra mal e a missão saldara-se por um fracasso. Especifique-se que o «Ranger IV» «fora projectado para transmitir imagens da superfície lunar durante o período final de 10 minutos do voo, antes do impacto na Lua, para largar um sismómetro na superfície lunar, para colectar dados sobre raios gama durante o voo e para estudar a reflectividade ao radar da superfície lunar.» Falhara naquilo tudo por causa de «uma falha no computador de bordo que, por sua vezes, causara a falha da expansão dos painéis solares e, sem energia, falhara a activação dos sistemas de navegação». O veículo de 331 kg acabara por se despenhar «no lado oculto da Lua sem transmitir qualquer dado científico». Está na primeira página do Diário de Lisboa, a notícia do que fora um fiasco científico completo. Mas isto eram os cientistas a analisar o que acontecera. Outros «cientistas», os da informação, pegavam nos mesmos factos e davam-lhes um «tratamento» para que o que acontecera parecesse um sucesso. «Ranger hits moon» - é o título «galhardo» como começa o documentário abaixo. Claro que atingiu a Lua, mas a uma velocidade de 9.600 km/h! Um pequeno mal entendido de semântica. Sobre ciência astronáutica e sobre uma data de outros temas, sessenta anos depois, o que se pode constatar é que os segundos «cientistas» não só substituíram completamente os primeiros, como até os proibiram completamente de comunicar com o público! Para os curiosos, remate-se esclarecendo que houve que esperar mais quatro anos para que os americanos chegassem à Lua em condições.

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