05 julho 2022

HÁ 90 ANOS SALAZAR TOMAVA POSSE COMO PRESIDENTE DO CONSELHO

5 de Julho de 1932. Há precisamente noventa anos Salazar tomava posse como presidente do Conselho, acumulando com a pasta das Finanças. Uma das curiosidades menos conhecidas sobre a presença de Salazar à frente do governo é que, apesar de ter ocupado o cargo por mais de 36 anos (de Julho de 1932 até Setembro de 1968), ele apenas chefiou três executivos: este primeiro durou menos de um ano, desde Julho de 1932 até Abril de 1933, por causa da transição do regime de ditadura para o regime constitucional da Constituição de 1933; houve um segundo que durou menos de três anos, entre Abril de 1933 e Janeiro de 1936; e o terceiro, pelo contrário, manteve-se em funções desde Janeiro de 1936 até à demissão em Setembro de 1968: mais de 32 anos e meio! Do elenco deste último, o único membro constante foi só mesmo o chefe de governo. Ministros do Interior, por exemplo, houve oito, o que, feitas as contas, até foi uma rotação relativamente calma, pois corresponde a uma ocupação média do cargo por quatro anos. Foram anos em que tudo acontecia muito devagar.

2 comentários:

  1. Pedia - lhe uma entrada relativa aos 20 anos da passagem de soberania de Hong Kong, do Reino Unido para a RP China. 1 de Julho 1997

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    1. É simpático da sua parte e muito lisonjeiro para mim aquilo que me pede. Porém, nesse dia 1 de Julho acabei por optar em dar destaque aos 150 anos do nascimento do Canadá. Confesso-lhe agora (e aos restantes leitores que se dêem ao trabalho de ler caixas de comentários) que uma das razões para a opção foi o meu fraquinho pela figura de Justin Trudeau. Se Trump tem má imprensa, Trudeau tem boa, mas um e outro justificam-na.

      Mas também não o queria deixar sem uma justificação porque o assunto não me estimula por agora. Foi uma história com interesse até 1997, Chris Patten, o último governador de Hong Kong, tem a minha simpatia, coisa que o último governador de Macau não tem. Mas considero que Hong Kong foi apenas uma "stepping stone" de um problema mais vasto de consolidação da unidade chinesa na sua fachada marítima de que a questão principal é Taiwan.

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