4 de Agosto de 1991. A começar pelo que é o mais famoso de todos, o do Titanic em 15 de Abril de 1912, não serão muito abundantes as imagens reais do naufrágio de grandes navios de passageiros. O Oceanos era um navio de cruzeiros de bandeira grega que navegava ao largo da costa da África do Sul quando as imagens acima foram filmadas. Agosto corresponde a um mês de Inverno naquele hemisfério e os mares estavam encapelados mas as razões para o naufrágio deveram-se a um problema estrutural interno do próprio navio. Nos seus últimos minutos já se havia procedido à evacuação de todos os 402 passageiros e 179 membros da tripulação que seguiam a bordo. Deve acrescentar-se que, de acordo com os relatos, o facto do naufrágio não ter causado nenhuma vítima aconteceu apesar do comportamento da tripulação, que terão sido os primeiros a abandonar o navio, com o capitão do navio a destacar-se nessa muito pouco gloriosa debandada. Para mais, depois da progressiva inclinação do navio ter tornado inoperacionais os salva vidas de estibordo, houve 225 pessoas (quase 40% do total) que tiveram de ser içados por cabos lançados de 9 helicópteros da Força Aérea Sul Africana. Por uma vez sem haver razões para grandes problemas de consciência por causa de desastres pessoais, uma estação de televisão, a ABC norte-americana, filmou os minutos finais do afundamento de um navio de cruzeiros de média dimensão (as 14.000 toneladas do Oceanos corresponderiam a um pouco menos de ⅓ das 46.000 do Titanic). Só que, apesar das imagens do navio a ser engolido pelo oceano, o naufrágio teve lugar a uns escassos 5 km da costa, num local onde a profundidade ronda apenas os 100 metros. Os destroços afundados do Oceanos vieram a tornar-se um lugar privilegiado para o mergulho.
Caro A. Teixeira,
ResponderEliminar"os salva vidas de estibordo,"
Parafraseando esse incontornavel vulto intelectual, o Ze Gomes Ferreira:
"Os salva-vidas encostados a esquerda, portanto a estibordo, em linguagem nautica…"
:-D
https://herdeirodeaecio.blogspot.com/2021/06/a-descoberta-do-ultimo-elemento-quimico.html#comment-form
Nessa mesma «linguagem náutica» talvez o possamos descrever, ao José Gomes Ferreira, como um «bolinado mental»...
ResponderEliminarMas o que me espanta nestas pessoas não são eles próprios, é o número e a convicção daqueles que eles arrebatam consigo.