10 de Setembro de 1942. Aviões da RAF britânica afundam o navio hospital Arno quando este se dirigia para o porto líbio de Tobruque, com o intuito de evacuar soldados italianos que haviam sido feridos nos combates que então se travavam no Norte de África. De acordo com as convenções de guerra, e como assinalavam os italianos na notícia que depois difundiram (abaixo), o navio navegava iluminado, assinalando com grandes cruzes vermelhas a sua condição, seria difícil de confundir com um alvo militar, como se depreenderá pela fotografia acima, tirada também de um avião (amigo). O afundamento provocou a morte de 27 tripulantes. Os britânicos apressaram-se a justificá-lo, afirmando que a descodificação de uma mensagem de rádio alemã de 31 de Agosto tê-los-ia convencido que o navio também era usado para transportar suprimentos para Bengazi, em clara violação das convenções de guerra. Sem provas adicionais. O episódio perdeu-se, esquecido, no meio de tantos outros associados à campanha do Norte de África durante a Segunda Guerra Mundial. Uma certeza, porém. Se tivessem sido os italianos (ou os alemães) a afundar um navio hospital britânico (ou norte-americano), o episódio não teria sido assim esquecido da mesma forma.
Por curiosidade, refira-se que este mesmo navio hospital Arno afundado há 80 anos fora o tema central de um filme de propaganda de 1941 que se intitulara «La Nave Bianca». O realizador viria a celebrizar-se com outras obras posteriores: Roberto Rossellini
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