25 setembro 2022

«NÓS, AS ELITES...»

«Nós, as elites...» é uma locução que aprendi de um conhecido meu, que a empregou despudoradamente ao pretender referir-se a si e a todos aqueles a quem endereçava aquela nota, frequentadores e comentadores activos ou passivos das redes sociais. Aproveitei-a e uso-a, sarcástico, entredentes, pelo excesso ridículo, creio que o utilizador original a iria considerar deturpada do sentido original que lhe dera quando ma endereçou. Neste pedacinho de dissertação pedante de facebook as elites estão à vista: com (mais de) uma hora transcorrida de publicação e com 58 passantes a gostarem, rirem e adorarem o que fora escrito, não apareceu uma alminha caridosa entre essas 58 que chamasse a atenção ao autor do texto que o autor do filme (Voando sobre um ninho de cucos) foi Milos Forman e não o «extraordinário Kubrick». Ou então, até houve quem chamasse, mas mais discretamente que as manifestações dos 58... e sem consequências. Mas, quiçá, o que será mais importante no texto, para o seu autor, será a pose, a analogia da enfermeira Fletcher com a presidente da comissão Leyen. E, por outro lado, há que compreender que rectificar o erro do texto, será chamar indirectamente a alguns dos seus leitores uns ignorantes... de elite.

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